segunda-feira, 30 de dezembro de 2024

Retrospectiva literária 2024 (atualização)

Livros lidos e relidos

Em agosto nos vemos - Gabriel García Márquez
Meia-noite no jardim do bem e do mal - John Barendt
Floresta dos suicidas - Jeremy Bates
A volta do parafuso – Henry James
Robinson Crusoé – Daniel Defoe
A dança da morte – Stephen King (comecei em 2023 e terminei em 2024)
Outsider – Stephen King
Asfalto maldito – S. A. Cosby
Moby Dick – Herman Melville
Contos de amor de loucura e de morte – Horacio Quiroga
Maria Batalhão: Memórias póstumas de uma cafetina – Dante Mendonça
Como enfrentar o ódio – Felipe Neto
Desfiguração – Raquel Setz
As aventuras do Robin Hood – Howard Pyle
Memorial do fim: A morte de Machado de Assis – Haroldo Maranhão
O roubo da coroa de berilos e outras aventuras – Sir Arthur Conan Doyle
Um estudo em vermelho - Sir Arthur Conan Doyle
Um escândalo na Boêmia e outras aventuras - Sir Arthur Conan Doyle
O signo dos quatro - Sir Arthur Conan Doyle
A liga dos cabeças vermelhas e outras aventuras - Sir Arthur Conan Doyle
Além da magia – Tom Felton

O xangô de Baker Street – Jô Soares (reli)
Os Goonies - James Kahn (reli)
Memórias póstumas de Brás Cubas – Machado de Assis (reli)
Como água para chocolate – Laura Esquivel (reli)
El coronel no tiene quien le escriba – Gabriel García Márquez (reli)
Os meninos da Rua Paulo – Ferenc Molnár (reli)
A revolução dos bichos – George Orwell (reli)
Cem anos de solidão – Gabriel García Márquez (reli - iniciei em 12/24 e terminei 01/25)
Mulheres que correm com os lobos – Clarissa Pinkola Estés (lendo aos poucos)

segunda-feira, 2 de dezembro de 2024

A boa música nunca morre


 

Poetando por aqui

Vive a vida,
Mesmo que ela não queira
Ser vivida.
Aproveita o momento,
Mesmo que ele
Pareça insignificante.
Usa aquele sapato,
Porque todos os momentos
São especiais.
Come aquele chocolate,
Porque a vontade é urgente.
Abre aquele vinho,
Porque tu és tua melhor companhia.
Lê aquele livro,
Porque as palavras querem habitar tua mente.
Escreve aqueles versos,
Porque o sentimento não deve ser aprisionado. 
Aproveita o dia,
Porque o amanhã...
Quem sabe o que é o amanhã?

terça-feira, 5 de novembro de 2024

segunda-feira, 28 de outubro de 2024

A boa música nunca morre


 

Da série "o cover é melhor que o original"


 

Poetando por aqui

O medo às vezes assusta,
Mas também fortalece.
Uma existência sem medo
É como um pão sem manteiga:
A gente até come,
Mas não tem o mesmo sabor.

quarta-feira, 16 de outubro de 2024

Poetando por aqui

Saíste e deixaste
A porta aberta.
Contigo saíram também
Os sonhos,
Os risos,
As esperanças...

Em seguida
O vento fechou
A mesma porta
E aqui aprisionou
A tristeza,
As lágrimas,
O futuro...

Ah, como me dói
Não haver impedido
O vento...

terça-feira, 8 de outubro de 2024

Poetando por aqui

Se me perguntarem, direi:
Não, não tenho medo da morte.
Tenho medo de subir numa escada,
cair e quebrar o braço.
Da morte, tenho pena.
Por não mais poder
Abraçar meus filhos,
Brincar com meus gatos,
Viajar de moto,
Dizer e ouvir um "te amo",
Rir com meus amigos,
Chorar tua ausência,
Beber vinho,
Jogar Paciência,
Enfim, viver.

quarta-feira, 2 de outubro de 2024

Poetando por aqui

Ela pintou-se
De paixão
De amor
De tesão
Mas o sentimento
Visto pelos olhos da alma
Não tem cor
Tem fervor
Que ilustra
Um momento único
De raro esplendor

segunda-feira, 30 de setembro de 2024

Poetando por aqui

Um poema custa uma noite
Mas pode custar uma lágrima
Se custar uma noite
O conteúdo pode ser lascivo
Mas se custar uma lágrima
Certamente será marcante
E viverás com ela - a lágrima -
Eternamente

sábado, 28 de setembro de 2024

Poetando por aqui

Ninfa

Tua voz é o som que embriaga,  
um canto doce que o tempo embala,  
como melodia que acalma e afaga,  
e faz da vida uma canção rara.

Teu riso é um lume que acende o dia,  
teu olhar, meu porto de magia.  
Contigo, o tempo voa ligeiro,  
e cada segundo é o que mais desejo.

Quero ser teu abrigo e companheiro,  
dividir contigo cada suspiro e sonho,  
e fazer de nós, meu amor verdadeiro,  
uma história sem fim — e sem abandono.

quinta-feira, 26 de setembro de 2024

Poetando por aqui

O que é o sonho?
É o irreal que tenta
Tornar-se verdade;
É a verdade que busca
Ocultar-se sob um manto
De ilusões perdidas,
Que há muito palpitam
Neste peito vazio,
Nesta mente obscurecida,
Que tenta acordar
E renascer nem que seja
Por um único instante
No breve despertar
Do inevitável adeus.

terça-feira, 24 de setembro de 2024

Poetando por aqui

Um coração vazio
É uma árvore sem raízes
Não se sustenta
Só lamenta
E aguarda o inevitável 
O imponderável 
O fim
A queda
Para, enfim, mesmo vazio
Servir de morada e esperança 
A quem nunca teve vida
Amor
Nem poesia

Poetando por aqui

Acordo, mas sigo dormindo
Perdido entre sonhos e dores
Que assustam, mas renovam
Esta vida plena de anseios

Se abro os olhos, tento não ver
Mas a realidade não perdoa
E me nocauteia a cada tentativa
De fugir para meu universo interior

Então respiro fundo e mergulho
No mais profundo âmago do sofrer
Implorando às musas que me guiem
Novamente a um possível renascer

segunda-feira, 16 de setembro de 2024

Poetando por aqui

O corpo beija.
A alma almeja.

O corpo sente.
A alma transcende.

O corpo vive.
A alma eterniza.

O corpo cultua.
A alma poetiza.

Tu és alma.
Eu sou corpo.

Eu sou pedra.
Tu, poesia...

--

A noite chega
Lágrimas celestes
Encharcam meus olhos
Que choram gotas de chuva
Sobre meu corpo
E um manto escuro
Cobre de estrelas mortas
Minha alma vazia
Que clama por tua presença
Em forma de
Poesia

terça-feira, 10 de setembro de 2024

Poetando por aqui

Solidão...
Dor que dói na alma,
Buraco negro
Que traga o futuro
Que tanto sonhei
Ao teu lado,
Mas que foi eclipsado
Por um erro
Que jamais
Será esquecido,
Como o amor que
Sinto por ti,
Hasta el fin de mis días.

--

Um simples "oi"
Pode não mudar o mundo,
Mas pode mudar uma vida.
Quando digitei "Oi",
Não imaginava
Que uma palavra
Tão pequena,
Tão simples
Realizaria,
Em tão pouco tempo,
Uma mudança
Tão radical,
Tão definitiva
Em uma vida.

--

Uma tarde fria
Pede um abraço,
Uma carícia.
Uma noite fria
Pede um aconchego,
Uma taça de vinho.
Uma vida fria
Pede um coração
Aberto ao amor,
Uma companhia,
Um futuro,
Um renascer
Que traga paz,
Harmonia
E uma ponta de
Felicidade.

domingo, 25 de agosto de 2024

Poetando por aqui

Nuvens negras...
Gotas salgadas
Como lágrimas
Brotam dos meus olhos
Cansados de olhar
E não ver
Uma luz no fim
De um túnel
Chamado
Solidão.

segunda-feira, 19 de agosto de 2024

Poetando por aqui

Mais um dia se vai

Segundos, minutos,

Horas...

O tempo escorre

Por entre meus dedos

Deixando um vazio,

Um oco, um vácuo...

À luz da lua,

Grito para uma estrela cadente

Trazer-me você

Só mais uma vez

Por toda a eternidade,

Por mais uma vida

Ao teu lado.

segunda-feira, 12 de agosto de 2024

Poetando por aqui

Flores brancas
Estrelas amarelas
Sonhos multicoloridos
Futuro negro
Um mal-me-quer
Tentando a sorte
Prevendo um futuro
Nas pétalas
Das estrelas
Do nosso universo
Que um dia foi
Cor-de-rosa
E hoje é cinza
Manchado pelas
Lágrimas escarlates
Que brotam
Dos teus olhos castanhos

sábado, 3 de agosto de 2024

Poetando por aqui

Prefiro a lua ao sol.
Apesar de brilhar por sua causa,
Ela se deixa admirar.
Já o sol, não.
Se olhamos para ele,
Podemos cegar,
Mas se olhamos para ela,
No pior dos casos
Podemos nos apaixonar.
--
Tempo...
Será que tenho quanto?
Se olho para trás,
Não me resta muito.
Se olho para frente,
Já gastei demais.
Se olho para o espelho,
Tenho dúvidas:
Aproveitei?
Desperdicei?
Só sei que,
Independente
Dos ponteiros
Que giram
Ou da areia que cai,
Ele é o verdadeiro juiz
De nossas ações.

domingo, 28 de julho de 2024

Poetando por aqui

Oi. Estou levando a vida.
Um dia bem,
dois nem tanto,
três avistando o fim do poço,
quatro tentando subir,
cinco agarrando-me num fio de esperança,
seis apoiando-me nas beiradas
e sete descansando da batalha.

--

No escuro da noite
Asas silenciosas
Rompem o espaço
Buscam abrigo
Embaladas pelo silêncio
Que antecede
O derradeiro suspiro
Da esperança

--

Música da alma
Música do corpo
Acordes, tons, ritmos
No pulsar do coração
A energia no compasso
De uma vida afogada
Num copo de lágrimas

--

Manhã de lágrimas
Tarde de chuva
Noite vazia
Só lembranças
Um ser atormentado
Desiludido, acabado
Desejando o inominável
Um fim desta vida execrável
Um fim definitivo
Inquestionável
Um fim de tudo
Da dor, da culpa
Do sofrimento
Um fim além do material
Um fim
Da existência
Da esperança
De mim

--

Na escuridão,
Ouço a voz do medo
Povoado de horrores.
A mente se(me) engana
Buscando um motivo,
Um único motivo,
Como um sinal do destino
Que espera o melhor momento
Para crescer e dominar
(In)conscientemente
Minhas ações
E levar-me ao fim.

--

O dia vira noite
Minha alma escurece
As lágrimas brotam
Como gotas de chuva
Inundando meu ser
Minha vida
Que sobrevive
E só espera
Que o último suspiro
Transborde e preencha
Minha existência vazia

--

Nos ecos vazios do quarto,
sussurros de um amor desfeito,
cada esquina do silêncio,
um grito mudo, uma lágrima.

A lua é testemunha do pranto,
a dor caminha lenta, sem fim.
A cada passo, tropeço
em memórias que residem em mim.

Recolho os cacos do coração,
como estrelas colhidas na praia.
Tentando juntar pedaços
de um eu perdido na escuridão.

Mas a vida, em sua teimosia,
insiste em florecer, mesmo no inverno,
e entre as cicatrizes e a agonia,
brota uma esperança, um novo eterno.

--

Um coração vazio
Sofre, chora, espera
Que a vida lhe conceda
Alguns poucos,
Mas significativos,
Momentos de paz
E que a paz o preencha
Novamente com calor
Impedindo que se torne
Um deserto de emoções
Que implora pelo
Tão sonhado
Renascimento

--

A vida é como a música...
Se bem executada,
Acalma.
Se erramos uma nota,
Perdemos o rumo,
Nos perdemos.
Para entrar no ritmo,
Fecha os olhos,
Sente a vibração...
Porque a vida
Não é só barulho
Quando obedeces
Teu coração.

--

O amor é um oceano
Profundo
Desconhecido
Silencioso
Se queremos decifrá-lo
Mergulhamos de cabeça
Mas devemos ter cuidado
Pois se nos falta o ar
Arriscamos perdê-lo
E se perdemos
Afundamos em seus
Inevitáveis mistérios
E não mais alcançamos
A desejada superfície

--

Chorei
Não porque quis chorar
Mas porque feri a mim
E, principalmente,
A ti
Por isso chorei

Chorei
Não porque quis chorar
Mas porque matei
O amor que sentias por mim,
Por nós

Chorei
E eternamente chorarei
Por não mais vê-la sorrir
Por não mais senti-la
Me amar

quinta-feira, 18 de julho de 2024

Cansado

 Quando o medo, a tristeza e a decepção batem à porta, eu abro, pois estou simplesmente cansado.

domingo, 7 de julho de 2024

Desejos obscuros

Manhã de lágrimas

Tarde de chuva

Noite vazia

Só lembranças

Um ser atormentado

Desiludido, acabado

Desejando o inominável

Um fim desta vida execrável

Um fim definitivo

Inquestionável

Um fim de tudo

Da dor, da culpa

Do sofrimento

Um fim além do material

Um fim

Da existência

Da esperança

De mim

quinta-feira, 4 de julho de 2024

Tu

 Ah, meu amor...

Tu és minha luz na escuridão,

És a mais bela rosa do meu jardim...

Tu que tens a chave do meu coração,

És a única a calar este pranto sem fim.


Ah, meu amor...

Tu és meu sol na manhã dominical,

És uma abelha sugando meu mel...

Tu que tens o cheiro do orvalho matinal,

És a única a tirar de minha boca este fel.


Ah, meu amor...

Tu és como um pássaro, linda, solta,

És a areia fina na qual hei de me deitar...

Tu que tens a força de águas revoltas,

És a única capaz de, por amor, me matar.


Ah, meu amor...

Tu és como o fogo, quente, sensual,

És a brisa fresca que vem me refrescar...

Tu que tens o poder de ser imortal,

És a única a quem poderia me entregar.


Ah, meu amor...

Tu és meu pecado, desejo carnal,

És minha vida, minha luta, minha razão...

Tu que tens capacidade de me fazer bem ou mal,

És a única a adentrar meu coração.

segunda-feira, 1 de julho de 2024

Nas Montanhas da Morte: A Saga de Florencia e Guillermo

Era uma tarde tranquila quando Florencia e Guillermo decidiram explorar as montanhas remotas no interior da Argentina. O ar fresco e o som distante dos riachos faziam parecer que estavam em um paraíso escondido, longe da agitação da cidade. Com suas mochilas cheias e corações cheios de aventura, eles partiram sem imaginar o pesadelo que os aguardava.

Conforme a tarde avançava, as nuvens começaram a se acumular, escurecendo o céu. O casal se viu envolto por uma neblina espessa que obscurecia a trilha. Eles tentaram seguir os sinais, mas logo perceberam que estavam perdidos. A ansiedade crescia com a chegada da noite, e o frio se tornava mais intenso.

Decidiram montar acampamento próximo a uma caverna, acreditando que seria um refúgio seguro até o amanhecer. No entanto, à medida que a noite caía, sons estranhos ecoavam ao redor deles. Florencia e Guillermo se entreolharam, tentando manter a calma, mas a tensão era palpável.

De repente, o silêncio foi quebrado por um gemido gutural. Do interior da caverna, surgiram figuras disformes, com olhos opacos e pele cadavérica. Eram seres mortos-vivos, condenados a vagar eternamente pela montanha. Florencia e Guillermo congelaram de terror enquanto as criaturas se aproximavam lentamente, seus olhos vazios fixos nos corações pulsantes dos jovens.

"Precisamos sair daqui!", gritou Guillermo, agarrando a mão de Florencia. Eles correram, mas os mortos-vivos eram rápidos, movidos pela fome insaciável de corações humanos. Em um momento de desespero, Florencia tropeçou e caiu. Guillermo tentou ajudá-la, mas uma das criaturas já estava sobre ela, pronta para atacar.

De repente, uma ideia passou pela mente de Guillermo. Ele se lembrou de uma lenda indígena que ouvira na infância, sobre um antigo punhal escondido em uma caverna nesta mesma montanha, capaz de aniquilar os mortos-vivos ao atravessar seus cérebros. Com um novo senso de propósito, ele puxou Florencia e correu em direção à caverna que haviam visto antes.

Entraram na caverna e começaram a procurar freneticamente. O som dos mortos-vivos se aproximava, cada vez mais alto. Finalmente, Guillermo avistou algo brilhando em uma fenda na rocha. Era o punhal! Ele o agarrou e se virou para enfrentar as criaturas que agora bloqueavam a saída.

Com um grito de determinação, Guillermo atacou o primeiro morto-vivo, cravando o punhal em seu crânio. A criatura soltou um grito horrível antes de desabar, sem vida. Florencia, vendo a eficácia da arma, pegou uma pedra e começou a lutar ao lado de Guillermo, que continuava a perfurar os cérebros dos mortos-vivos.

Depois de uma batalha frenética, o casal conseguiu derrotar os seres malignos. Exaustos e ensanguentados, eles saíram da caverna ao amanhecer, o sol nascente iluminando o vale. Florencia e Guillermo se abraçaram, gratos por estarem vivos e por terem vencido a noite mais aterrorizante de suas vidas.

Decidiram seguir adiante com cautela, mantendo o punhal como lembrança e proteção. A experiência nas montanhas mudou para sempre suas vidas, ensinando-lhes a importância da coragem e da união diante do inimaginável. E assim, com o coração ainda acelerado, eles continuaram sua jornada, sabendo que haviam sobrevivido a um verdadeiro conto de terror. 

Fantasia na biblioteca

 

Certa vez existiu um escritor chamado David que trabalhava em sua próxima obra. Ele estava tendo dificuldade em encontrar a inspiração necessária para completar seu novo romance, então decidiu ir a uma biblioteca local para procurar ideias.

Ao chegar à biblioteca, David descobriu um livro raro que o interessou muito. Ele sentou-se em uma mesa vazia e começou a ler avidamente. À medida que avançava nas páginas, ele ficava cada vez mais envolvido na história, que se passava em um mundo de fantasia com seres mágicos e muita aventura.

De repente, David foi surpreendido quando um personagem do livro entrou na biblioteca e se aproximou dele. O personagem era um elfo alto e esguio, com orelhas pontudas e cabelos loiros.

"Você está gostando da história?" perguntou o elfo, com um sorriso.

David ficou chocado e sem palavras por um momento, mas depois respondeu: "Sim, é incrível. Como você pode estar aqui?"

"Eu sou um personagem de ficção, assim como todos os outros no livro", explicou o elfo. "Mas eu vim aqui para lhe fazer uma proposta. Eu gostaria que você escrevesse uma história sobre mim e minhas aventuras. Eu acredito que você é o escritor perfeito para contar a minha história."

David ficou perplexo, mas também animado com a ideia de escrever sobre um personagem tão interessante e envolvente. Ele concordou em começar a escrever a história imediatamente.

Enquanto David escrevia, ele mergulhava cada vez mais fundo no mundo de fantasia que havia descoberto. À medida que ele escrevia, sua história tomava vida e seus personagens ganhavam vida própria.

Mas então algo inesperado aconteceu. Enquanto David estava trabalhando em sua história, o elfo apareceu novamente. Mas desta vez, ele estava acompanhado por um grupo de criaturas sombrias e malévolas, que invadiram a biblioteca e começaram a causar caos.

David se viu lutando pela sobrevivência em uma batalha épica com seus próprios personagens de ficção. Com muita astúcia e habilidade, ele conseguiu derrotar os vilões e salvar a biblioteca.

No final, David completou sua história, que se tornou um grande sucesso. E assim como Hamlet, ele se viu imerso em uma situação de ficção dentro da ficção, em um mundo de fantasia que ele próprio havia criado.

quarta-feira, 26 de junho de 2024

A boa música nunca morre


 

80's ou 2000's?

 Nos anos 80, a música brasileira viveu um período de efervescência criativa, especialmente no rock, que se firmava como um movimento cultural robusto e inovador. Bandas como Legião Urbana, Titãs, Barão Vermelho, Paralamas do Sucesso e RPM capturaram a energia e a inquietação da juventude, criando canções que se tornaram hinos de uma geração. Essas bandas não só dominaram as paradas de sucesso, mas também refletiam um momento histórico de grande transformação política e social, com o fim da ditadura militar e a redemocratização do país.

O rock dos anos 80 no Brasil se destacou pela sua autenticidade e pelo compromisso com a experimentação sonora. Em um cenário onde a tecnologia começava a oferecer novos recursos, os artistas souberam incorporar sintetizadores e efeitos de guitarra sem perder a essência roqueira. As letras das músicas muitas vezes abordavam questões sociais, políticas e existenciais, ecoando as preocupações de uma geração que ansiava por liberdade e mudança.

A performance ao vivo e a estética visual também eram componentes cruciais do rock brasileiro dos anos 80. Bandas como Blitz e Ultraje a Rigor usavam o humor e a irreverência para conectar-se com o público, enquanto Legião Urbana oferecia uma profundidade lírica que ressoava profundamente com os jovens. A televisão, com programas como o “Cassino do Chacrinha” e “Fantástico”, foi um veículo poderoso para a disseminação desses novos sons e imagens.

Em contraste, a música popular brasileira atual é marcada por uma diversidade de estilos e pela influência massiva da produção digital. O sertanejo universitário, o funk carioca e o pop dominam as paradas, refletindo uma sociedade cada vez mais conectada e influenciada por tendências globais. Artistas como Anitta, Luan Santana e Marília Mendonça (in memoriam) exemplificam essa nova era, onde a produção polida e a presença nas redes sociais são tão importantes quanto o talento musical.

Enquanto o rock dos anos 80 era muitas vezes visto como uma forma de resistência cultural, desafiando normas estabelecidas e expressando uma busca por autenticidade, muitos críticos argumentam que a música atual pode ser excessivamente comercial. A produção musical contemporânea, facilitada por tecnologias digitais, tende a ser mais homogênea e focada em fórmulas de sucesso imediato, com refrões repetitivos e batidas cativantes. As letras, embora diversas, muitas vezes enfatizam temas de festa e romance, com menos foco em questões sociais e políticas.

No entanto, é importante reconhecer que a música atual também reflete as complexidades e diversidades da sociedade brasileira contemporânea. Movimentos como o funk ostentação e o rap de periferia dão voz a segmentos da população que antes eram marginalizados, utilizando a música como plataforma de expressão e denúncia social. Além disso, a facilidade de acesso e distribuição digital democratizou a produção musical, permitindo que novos talentos emergam e atinjam um público global.

Em última análise, a comparação entre o rock brasileiro dos anos 80 e os ritmos populares atuais revela tanto a evolução quanto a continuidade na cena musical do país. Enquanto a nostalgia pelo rock dos anos 80 destaca uma época de inovação e resistência cultural, a música atual, com sua diversidade e imediatismo, espelha uma sociedade em constante transformação. Cada era possui suas particularidades e contribuições únicas, compondo um panorama musical rico e multifacetado que continua a evoluir.

sábado, 22 de junho de 2024

É hora das lendas


 

a cruz e o caldeirão

é bem certo que conduzimos ao longo da

vida muitos cadáveres de nós próprios

(CASTRO, Ferreira de. A Selva.

Rio de Janeiro, Moura Fontes, 1934.) 


noite passada algo não me deixou dormir / a princípio, imaginei que fosse o gato, mas logo descartei tal hipótese, pois lembrei que ele se foi com as crianças / maldito acidente/

sem poder descansar, levantei e fui caminhar pela escuridão da noite, apesar de estar chovendo muito / calcei as botas que ganhei da bárbara no meu último aniversário com ela, acendi um cigarro e saí/

imagens desconexas tomam conta da minha cabeça: um carro, uma curva, três corpos inertes no asfalto e eu comprando os presentes de natal / inutilidades, futilidades, lembranças vãs que agora não passam de instrumentos de tortura / iron maiden/

voltei para casa e, ainda sem sono, abri uma garrafa de vinho, me embriaguei e caí dormindo / no dia seguinte, a casa toda cheirava a sexo (?), mas eu estava sozinho /

realidade, imaginação ou insanidade? a esta altura já não sei mais quem eu sou, nem se estou vivo ou morto / na verdade, preferiria estar morto, ao menos não ficaria mais sozinho/

passei a tarde toda largado no sofá da sala / não levantei nem para ir ao banheiro / controle remoto na mão, tv a cabo, filmes subnutridos intelectualmente, mulheres nuas anunciando o tele-sexo e um porta-retrato na estante expondo meu passado / uma lágrima vagueia pelo meu rosto e vai morrer afogada na taça de champanhe / tristeza não tem fim, felicidade sim/

outra noite sem dormir / os minutos custam a passar / dava-se, então, o êxodo, mais trágico e numeroso do que o dos antigos hebreus nos domínios da cristandade / a insanidade bate à minha porta e eu abro / ao menos alguém se lembra de mim, mesmo que seja para me enlouquecer e me levar de vez para junto dos meus/

escrevo estas memórias com o objetivo de me tornar alguém, nem que para isso tenha que morrer, pois nada é mais excitante que umas memórias póstumas / mas infelizmente isso não acontecerá, porque ninguém ao menos sabe que eu existo / não tenho parentes, vizinhos, nada / não tenho ninguém a quem transmitir o legado da minha miséria/

sou um ser solitário, sim, mas quem nunca passou por isso? quem nunca se sentiu um nada? quem, num momento de loucura, não pensou ser deus? todas essas interrogativas estão aí para fazê-lo pensar, caro leitor, no quanto nós, seres humanos, somos insignificantes perante a vida/

já se passaram dois anos do maldito acidente e ainda não consigo dormir uma noite inteira / continuo tendo os mesmos pesadelos, minha cabeça continua formulando as mesmas imagens desconexas: um carro, uma curva e três corpos inertes no asfalto / dois anos já se passaram e continuo sentindo aquele cheiro insuportável de sexo (?) pela casa, apesar de nunca mais ter conhecido ninguém que a substituísse/

bárbara...

dois anos já se passaram e a única coisa que ainda faço regularmente é sair de casa para ir trabalhar, mesmo que aquilo seja um martírio para mim / pessoas fúteis, q.i. 25, obsoletas/

bárbara... dois anos já se passaram e eu ainda estou aqui: trabalho, casa, álcool, fumo, alucinações...

dois anos já se passaram e a única palavra que eu consigo proferir é: saudade!

noite passada tive um pesadelo, quando acordei pensei que havia alguém em casa, na verdade era só a sua lembrança a me atormentar / deitei na cama, abri uma garrafa de licor, acendi um havana e cerrei os olhos / enquanto tragava e degustava o licor, outras imagens se formaram em minha mente: posto de joelho em terra, os meus olhos sôfregos tentaram enquadrar na sombra um corpo desnudado de uma mulher / um véu cobria seu rosto, ficando oculto todo o tempo, impedindo que eu desvendasse seu misterioso segredo/

cai a taça de licor / mancha no tapete / humo y ceniza pelo quarto / a faxineira não aparece há meses / disse que eu estava louco e que tinha medo de ser atacada, pois soube que eu andava falando sozinho e vendo coisas / idiota!

pobres daqueles que vivem a mesma rotina a vida toda/

maldito acidente/

andando pela rua à noite, tenho a sensação de estar sendo seguido e vigiado / aperto o passo / chove / vejo um carro, uma curva e três corpos inertes no asfalto / de súbito corro para socorrê-los / ao me aproximar, identifico-os: bárbara, meus dois filhos e, próximo à calçada, meu gato branco...

A boa música nunca morre


 

A boa música nunca morre




 

sexta-feira, 21 de junho de 2024

déjà vu

         três e treze da madrugada e nada do sono vir / já tomei meu rivotril, já passei horas lendo, já levantei para comer, voltei a deitar, tomei uma neosaldina para evitar uma possível dor de cabeça, que possa vir a surgir e continuo aqui/

mas não poderia ser diferente, afinal, velhos hábitos nunca morrem / a madrugada, a escuridão e o silêncio me motivam/

no entanto, o que me trouxe aqui não foi minha constante insônia física, mas uma inércia mental que insiste em apoderar-se de mim há tanto tempo, que já perdi a conta / quem me conhece sabe a que me refiro / muito tempo se passou, e os sentimentos são os mesmos: dúvida, incompreensão, medo, solidão, tristeza e saudade/

o que eu acabei de escrever, já foi dito em outra situação, em outra história (uma que falava de uma cruz e um caldeirão), mas como nossa existência, ao meu ver, é como um ciclo, o que vivemos não passa de um constante sentimento de déjà vu / nesse caso em especial, um déjà vu que não me traz nada de bom/

certa vez alguém me disse que, para sermos felizes, precisamos primeiro amar a nós mesmos e que, se assim o fizermos, a felicidade externa chegará naturalmente / mas como alguém pode amar a si próprio se, nos últimos tempos, só vem experimentando sofrimento e desilusão? sinceramente, não tenho vocação para ghandi, madre teresa, lady di, buda ou padre fábio de melo / não é de minha natureza ser esse tipo de pessoa extremamente positiva, quando o mundo ao meu redor conspira contra / acho que deve ser por isso que não jogo na loteria, porque não tenho essa característica de, tipo, “agora é minha vez, vou ganhar”, “cara, hoje sonhei com um sapo, então quer dizer que vou encontrar a sorte se for a um restaurante asiático e comer pernas de rã fritas” / não!

a vida nos reserva muitas coisas, mas quando essas “muitas coisas” não saem do jeito que imaginávamos, começamos a questionar se, realmente, existe este tal de destino / está muito mais para provação do que destino / e por quantas provações teremos que passar para alcançar o êxtase? e será que existe esse tal de êxtase? acho que não, pelo menos não no meu caso, afinal, nas poucas vezes que imaginei tê-lo alcançado, vem a vida, me passa uma rasteira e caio de cara no chão / já caí tantas vezes, que aprendi a andar olhando para baixo para, pelo menos, na próxima queda, tentar desviar das pedras mais afiadas, que poderiam causar danos maiores/

de acordo com o positivismo de comte, o conhecimento científico é a única forma de conhecimento verdadeiro / e o que isso tem a ver com o que estou dissertando aqui? na verdade, sob o meu ponto de vista, se não conhecemos nem a nós mesmos, como podemos chegar a conhecer o mundo? se, cientificamente falando, eu não sei mais quem sou, devido a diversos fatores externos, nunca chegarei a saber quem sou verdadeiramente / e se não sei mais quem sou verdadeiramente, qual o motivo de minha existência?

tudo isso é muito complexo, mas uma coisa é extremamente simples: se não consigo sentir-me amado por outrem, como posso sentir-me amado por mim mesmo? eu preciso de estímulos externos, para que o meu eu interior perceba que vale a pena seguir adiante / ah, e como quero poder seguir adiante/

mas voltando ao início do meu raciocínio, estou aqui tentando explicar o porquê de tanto negativismo (dúvida, incompreensão, medo, solidão, tristeza e saudade)/

por mais difícil que seja, tais sentimentos estão enraizados no meu ser de tal forma, que já não sei se posso cortá-los pela raiz, por mais que eu tente/

acredito que por medo de passar por tudo novamente, meu coração virou uma pedra de gelo e, por mais que eu tente aquecê-la, o derretimento é tão lento, que torna-se imperceptível e, praticamente, inexistente/

quero sim, e muito, voltar a experimentar aquela alegria que sentia antes de que meu mundo desabasse sobre minha cabeça / quero sim, e muito, voltar a amar e sentir-me amado, mas o fantasma do fracasso me assombra dia e noite, e essa sensação é uma das com as quais eu não consigo lidar/

frustração, essa é a palavra que paira sobre minha existência e enquanto eu não puder eliminá-la da minha vida, do meu dicionário, jamais voltarei a ser feliz, ah, e como eu gostaria de voltar a ser feliz/

Da série "o cover é melhor que o original"


 

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Zombie (in memoriam)


 

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A boa música nunca morre


 

Da série "o cover é melhor que o original"


 

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quarta-feira, 19 de junho de 2024

Cantiga da Desvairada Donzela

Num mundo de ideias, te perdes, donzela,

Mimada e vazia, sem mente a brilhar,

Teus caprichos te cegam, não consegues enxergar.

 

Mal educada, tu te mostras ao mundo,

Palavras ríspidas, gestos de desdém,

Teus modos grosseiros revelam quem és além.

 

A beleza foge do teu rosto tão triste,

Feia é a mágoa que a alma carrega,

Teu semblante apagado reflete a dor que não nega.

 

Na teia de caprichos, te enredas, menina.

Frustrada por não ser rainha a mandar,

Tuas vontades infantis te impedem de enxergar.

 

Chamaste-me lixo, título que carrego,

Mas pobre é o coração que em ti persiste,

Tua fala desdenhosa, é maldição que me investe.

 

Em teus desvarios, não vês a verdade,

No espelho reflete-se a sombra do teu ser,

Tua ignorância orgulhosa te faz perecer.

De um camponês que chora o amor não correspondido

Na aldeia vivia um camponês,

que a uma donzela da corte amava.

Seu amor era tão forte e fiel,

mas jamais a donzela lhe olhava.

 

Seus olhos verdes como o mar,

nunca se voltavam em sua direção.

Seu coração batia em vão,

pois ela não sentia a mesma paixão.

 

O camponês cantava na beira do rio,

esperando que ela o ouvisse cantar.

Mas ela nunca apareceu,

e seu amor não pode se concretizar.

 

Oh, amada que não me amas,

por que não me dás uma chance?

Meu amor é sincero e verdadeiro,

não mereço viver na esperança.

 

Mas o camponês, mesmo sem esperança,

continuou a amá-la em segredo.

Pois às vezes, o amor não correspondido,

é o mais puro e verdadeiro de todos os segredos.

terça-feira, 11 de junho de 2024

(des)humanidade

 Nem sempre o que dizemos é o que pensamos. Às vezes pensamos muito, mas dizemos pouco simplesmente com o intuito de não ferir alguém ou simplesmente para não gerar um atrito desnecessário. Isso vale para todas as eferas dos relacionamentos humanos: amor, trabalho, convivência social, enfim, tudo.

Sendo professor nos dias de hoje, muitas, mas muitas vezes mesmo, temos que parar, respirar, contar até um zilhão para não verbalizar aquela enxurrada de impropérios que vêm à nossa boca quando um aluno, ou um grupo deles, fala algo que, numa situação normal de temperatura e pressão e em épocas há muito passadas, seria motivo para acabar com o infeliz ali mesmo, na frente de todos, para que ele entenda, de uma vez por todas, quem manda naquela porra!!

Mas, infelizmente, não é o que acontece, porque hoje, com pais cada vez mais coniventes com as atitudes de seus rebentos, se qualquer pessoa diz algumas verdades na cara dos pequenos (pero no mucho) é motivo pra processo, agressão verbal e, até, física. Então calamos...

...e continuamos sendo escravos de um sistema que permite tudo, desde que seja para o seu próprio bem estar, nunca para o do próximo.

"E assim caminha a (des)humanidade".

sexta-feira, 31 de maio de 2024

Soneto à Rainha

 

Minha Paola, és minha rainha amada,

Amor incondicional, que não tem fim,

Toda minha vida, minha alma consagrada,

Amar-te-ei eternamente, assim.

 

Não há palavras para expressar

O que sinto por ti, meu grande amor,

Com tua graça, tudo se torna fácil de suportar,

Tens um coração que vale por um tesouro de valor.

 

Teu sorriso é um raio de luz,

Tua voz é uma sinfonia em meu coração,

Teu toque é como um sopro de Deus.

 

Minha Paola, minha rainha, meu tesouro,

O amor que sinto por ti é puro e verdadeiro,

Serás minha paixão e amor mais fiel e duradouro.Parte superior do formulárioParte inferior do formulário

segunda-feira, 20 de maio de 2024

Às vezes

 Às vezes sei.

Frequentemente imagino.

Raramente acerto,

Mas a vida segue;

Entre idas e vindas,

Entre altos e baixos,

Mas com uma certeza:

Nem o sol, nem a lua

Deixarão de brilhar

No horizonte

Do meu coração.

terça-feira, 16 de abril de 2024

4 Estações

1.

Olhando para a parede,

não a vejo.

Olhando para o chão,

não o sinto.

Pois não há paredes na alma,

nem chão sob os pensamentos.


2.

Se chego, sorriso

Se parto, lágrima

Se sorrio, se achega

Se pranteio, se vai

Hora a hora

É um Barroco emocional

Alegria e tristeza

Do início ao final.


3.

Se penso na vida, divago.

Se penso na morte, jazigo.

Se penso em mim, reflito.

Em você revivo.


4.

Se subo, ela desce.

Se desço, ela sobe.

Se entro, ela sai.

Se saio, ela entra.

Se rio, ela olha.

Se olho, ela ri.

Se choro, ela pensa.

Se penso, ela chora

por não estar ao meu lado

na última partida,

na última hora.

Da Janela

 Fim de tarde

Luz no horizonte

Gira (sol) a vida da

Minha janela

Enquanto pássaros

Compõem melodias

Que embalam meus

Sonhos de guri

De tudo que ainda

Não vivi.

O Sonho de Afrodite

               Hipnos era um homem solitário, um fotógrafo que vivia em um apartamento pequeno e repleto de imagens que ele mesmo capturara...