quinta-feira, 15 de abril de 2021

E aí, mestre!

 Estranho como, se pararmos para pensar, não somos nada perante a vida. Ao mesmo tempo que ora estamos aqui, no segundo seguinte podemos não estar mais.

Ontem um colega de trabalho, um amigo, um companheiro de batalhas da educação partiu após uma luta de pouco mais de um mês contra esta praga que assola o mundo na atualidade: Covid-19.

Uma tristeza enorme se abateu sobre mim para piorar um pouco mais o estado já enfraquecido no qual me encontro. Mas, às vezes, uma perda de um ente querido, de um amigo, de um conhecido que seja serve para nos fazer refletir sobre a fugacidade da vida e sobre o quanto perdemos tempo dando valor a futilidades quando, na verdade, devíamos nos preocupar em viver. De que adianta acumular bens materiais, se partiremos de mãos vazias? De que adianta guardar aquela roupa para uma ocasião especial, quando a ocasião pode vir a ser o seu próprio velório? De que adianta privar-se de uma comida gostosa, um jantar com amigos se, em breve, não teremos mais amigos com quem compartilhar esses momentos?

Tudo o que estou dizendo pode parecer clichê, mas é a mais pura realidade. Tenho que lutar para sair desta situação na qual me encontro, pois não quero hoje estar aqui reclamando quando amanhã posso estar sendo cremado.

Uma pena o que aconteceu. Uma perda enorme para todos os que conheceram o grande Professor Rogério, que sempre que me encontrava dizia, com um sorriso enorme no rosto: -E aí, mestre!

Fique em paz, parceiro! Um dia nos reencontraremos...

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