A vida é mesmo uma coisa engraçada e o ser humano, mais ainda. Veja bem, eu sou um professor, ou seja, tenho o dom da palavra, tenho como objetivo comunicar, ensinar, passar conhecimentos e, mesmo assim, quando se trata de me abrir, me expressar, expor minhas angústias e frustrações, simplesmente me fecho e não consigo.
Então o que faço? Recorro à palavra escrita, minha companheira, minha tábua de salvação. Enquanto durante minhas aulas falo pelos cotovelos, quando o assunto sou eu, silêncio.
Hoje saí para caminhar, pensar, refletir sobre tudo o que está acontecendo comigo. Então vem a pergunta: encontrei alguma solução? E a resposta continua sendo a mesma: não. Como são difíceis as coisas quando o problema é com a gente mesmo. Quando é com os outros, parece que temos solução para tudo, mas quando a pimenta está sobre nossos olhos, o ardor é muito maior.
Gostaria de poder dormir e, ao acordar, encontrar a solução, já que esquecer não faz parte do cardápio. Mas não consigo encontrar nem mesmo um paliativo. E como isso me machuca, me destrói por dentro, me dilacera a alma.
Não queria mais ser um peso para os que me cercam e, mesmo que eles não me vejam dessa forma, é como me sinto. E por mais que digam o contrário, no meu entender, nada muda, pois continuo me sentindo assim.
O jeito é seguir buscando (e nunca encontrando) a solução, mesmo que, no fundo, eu saiba qual é, mas não tenha coragem de colocá-la em prática.
Y la verdad es que, a pesar de todo, el viento sigue soplando.
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