Era uma tarde tranquila quando
Florencia e Guillermo decidiram explorar as montanhas remotas no interior da
Argentina. O ar fresco e o som distante dos riachos faziam parecer que estavam
em um paraíso escondido, longe da agitação da cidade. Com suas mochilas cheias
e corações cheios de aventura, eles partiram sem imaginar o pesadelo que os
aguardava.
Conforme a tarde avançava, as
nuvens começaram a se acumular, escurecendo o céu. O casal se viu envolto por
uma neblina espessa que obscurecia a trilha. Eles tentaram seguir os sinais,
mas logo perceberam que estavam perdidos. A ansiedade crescia com a chegada da
noite, e o frio se tornava mais intenso.
Decidiram montar acampamento
próximo a uma caverna, acreditando que seria um refúgio seguro até o amanhecer.
No entanto, à medida que a noite caía, sons estranhos ecoavam ao redor deles.
Florencia e Guillermo se entreolharam, tentando manter a calma, mas a tensão
era palpável.
De repente, o silêncio foi
quebrado por um gemido gutural. Do interior da caverna, surgiram figuras
disformes, com olhos opacos e pele cadavérica. Eram seres mortos-vivos,
condenados a vagar eternamente pela montanha. Florencia e Guillermo congelaram
de terror enquanto as criaturas se aproximavam lentamente, seus olhos vazios
fixos nos corações pulsantes dos jovens.
"Precisamos sair
daqui!", gritou Guillermo, agarrando a mão de Florencia. Eles correram,
mas os mortos-vivos eram rápidos, movidos pela fome insaciável de corações
humanos. Em um momento de desespero, Florencia tropeçou e caiu. Guillermo
tentou ajudá-la, mas uma das criaturas já estava sobre ela, pronta para atacar.
De repente, uma ideia passou pela
mente de Guillermo. Ele se lembrou de uma lenda indígena que ouvira na
infância, sobre um antigo punhal escondido em uma caverna nesta mesma montanha,
capaz de aniquilar os mortos-vivos ao atravessar seus cérebros. Com um novo
senso de propósito, ele puxou Florencia e correu em direção à caverna que
haviam visto antes.
Entraram na caverna e começaram a
procurar freneticamente. O som dos mortos-vivos se aproximava, cada vez mais
alto. Finalmente, Guillermo avistou algo brilhando em uma fenda na rocha. Era o
punhal! Ele o agarrou e se virou para enfrentar as criaturas que agora
bloqueavam a saída.
Com um grito de determinação,
Guillermo atacou o primeiro morto-vivo, cravando o punhal em seu crânio. A
criatura soltou um grito horrível antes de desabar, sem vida. Florencia, vendo
a eficácia da arma, pegou uma pedra e começou a lutar ao lado de Guillermo, que
continuava a perfurar os cérebros dos mortos-vivos.
Depois de uma batalha frenética,
o casal conseguiu derrotar os seres malignos. Exaustos e ensanguentados, eles
saíram da caverna ao amanhecer, o sol nascente iluminando o vale. Florencia e
Guillermo se abraçaram, gratos por estarem vivos e por terem vencido a noite
mais aterrorizante de suas vidas.
Decidiram seguir adiante com cautela, mantendo o punhal como lembrança e proteção. A experiência nas montanhas mudou para sempre suas vidas, ensinando-lhes a importância da coragem e da união diante do inimaginável. E assim, com o coração ainda acelerado, eles continuaram sua jornada, sabendo que haviam sobrevivido a um verdadeiro conto de terror.
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