terça-feira, 23 de junho de 2009

MANOS A LA OBRA

Pra começar, vou colocar aqui um poema que cometi e que gosto muito, embora já o tenha feito há muito tempo.

CAI O PANO...

Tenho vivido em silêncio...
Tento ouvir, mas não consigo...
Tenho vagado pela noite...
Tento ver, mas meus olhos se negam...
Tenho tentado vencer a muralha...
Mas o oponente é mais forte...
Tenho pensado em morrer...
...Algo não me deixa partir...
Tenho sonhado com um final feliz...
...O roteiro é outro...
Eu...
Desisto...?
Não...!
Luz... Câmera... Ação...!
Deu-se início à ficção...
...Vida...?
Sem amor no coração...
...Pai...? Sujeito...?
Oculto... Indefinido...
...Inexistente...
Sem sentido, nem direção...
...Corpo em repouso... Estático...
Eternamente...
...Até o fim dos dias...
Aí, então...
...Desculpas... Arrependimentos...
Tarde demais... Não há mais cicatrização...
...Cai o pano... Fim...
Sem aplausos, nem bis...

Um comentário:

  1. Muito lindo o teu texto-poema.
    São versos de pura reflexão.
    Gostei especialmente do final.
    Parabéns!

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