quarta-feira, 19 de junho de 2024

Cantiga da Desvairada Donzela

Num mundo de ideias, te perdes, donzela,

Mimada e vazia, sem mente a brilhar,

Teus caprichos te cegam, não consegues enxergar.

 

Mal educada, tu te mostras ao mundo,

Palavras ríspidas, gestos de desdém,

Teus modos grosseiros revelam quem és além.

 

A beleza foge do teu rosto tão triste,

Feia é a mágoa que a alma carrega,

Teu semblante apagado reflete a dor que não nega.

 

Na teia de caprichos, te enredas, menina.

Frustrada por não ser rainha a mandar,

Tuas vontades infantis te impedem de enxergar.

 

Chamaste-me lixo, título que carrego,

Mas pobre é o coração que em ti persiste,

Tua fala desdenhosa, é maldição que me investe.

 

Em teus desvarios, não vês a verdade,

No espelho reflete-se a sombra do teu ser,

Tua ignorância orgulhosa te faz perecer.

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