terça-feira, 11 de junho de 2024

(des)humanidade

 Nem sempre o que dizemos é o que pensamos. Às vezes pensamos muito, mas dizemos pouco simplesmente com o intuito de não ferir alguém ou simplesmente para não gerar um atrito desnecessário. Isso vale para todas as eferas dos relacionamentos humanos: amor, trabalho, convivência social, enfim, tudo.

Sendo professor nos dias de hoje, muitas, mas muitas vezes mesmo, temos que parar, respirar, contar até um zilhão para não verbalizar aquela enxurrada de impropérios que vêm à nossa boca quando um aluno, ou um grupo deles, fala algo que, numa situação normal de temperatura e pressão e em épocas há muito passadas, seria motivo para acabar com o infeliz ali mesmo, na frente de todos, para que ele entenda, de uma vez por todas, quem manda naquela porra!!

Mas, infelizmente, não é o que acontece, porque hoje, com pais cada vez mais coniventes com as atitudes de seus rebentos, se qualquer pessoa diz algumas verdades na cara dos pequenos (pero no mucho) é motivo pra processo, agressão verbal e, até, física. Então calamos...

...e continuamos sendo escravos de um sistema que permite tudo, desde que seja para o seu próprio bem estar, nunca para o do próximo.

"E assim caminha a (des)humanidade".

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